A coleção dos registros que compõem a lista das aves, reflete a evolução ao longo do tempo, os diversos interesses no conhecimento da avifauna como: histórico, político, econômico, geográfico, científico, artístico, educacional, conservação do patrimônio natural, turístico e lazer; muitos dos registros são encontrados nas mais diversas referências, desde o século XVI, com os relatos de viajantes estrangeiros, naturalistas e desenhistas, até as publicações técnico-científicas e documentos eletrônicos nos dias atuais, onde pesquisadores e observadores divulgam seus trabalhos.
Num formato mais dinâmico a lista das aves disponibilizada no Aves de Santa Catarina em junho de 2012 iniciou com 681 espécies. Atualmente em 2023 já conta com 724 espécies, aproximadamente 18% mais, considerando os 26 anos da edição do livro As aves em Santa Catarina: distribuição geográfica e meio ambiente (Rosário, 1996) publicado com 596 espécies; destas, cerca de 95% já foram confirmados através de pesquisa de campo por muitos outros pesquisadores e observadores comprovando com seus trabalhos que o conhecimento da diversidade das aves no estado de Santa Catarina continuará crescendo.
Os registros das espécies inseridos no Aves de Santa Catarina têm origem em três tipos de informação: campo - aquela em que o pesquisador/observador permite o uso da informação com a citação direta do seu próprio nome confirmando a autoria do registro; bibliografia – quando a informação é obtida através de publicações, livros, revista, jornais, documentos eletrônicos entre outros, acompanhados das devidas referências; museu – quando a informação é obtida no museu ou em documento referenciando a espécie para o museu.
O hábitat e tipo de hábitat na origem da informação campo referem-se aquele do local onde a ave foi observada, levando, a saber, os variados ambientes que
uma espécie pode usar mesmo que esporadicamente. Foram feitas algumas relações, por ex.: aquático está associado aos tipos como banhado, costão, ilha, lagoa, mangue, praia e rio; para alguns ambientes como restinga, campo e área agrícola é apenas informado o tipo geral da paisagem, sem mencionar a espécie de cultivo, se o campo é para pastagem, se contém bosques ou árvores esparsas, se a restinga é herbácea ou arbórea. Se na origem da informação, bibliografia, as coordenadas geográficas ou localidade, hábitat, altitude, catálogo de registro, entre outras informações são fornecidas com mais detalhes, estes campos poderão ser preenchidos.
A representação no mapa da distribuição geográfica das espécies é apresentada através de uma interação entre as coordenadas no banco de dados e o Google Maps fazendo uma aproximação das localidades e municípios selecionados nos registros.
A nomenclatura científica e a ordem dos grupos taxonômicos estão em acordo com a Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos - segunda edição; 2021.
No item categoria são informados se a espécie é endêmica e migratória, considerando o território brasileiro. No referente ao estado de conservação das espécies não são informados aqui os níveis de risco de ameaças, apenas se é ameaçada ou extinta, tendo como referência o Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção (MMA, 2008), a Instrução Normativa N.3 de 27 de maio de 2003, do Ministério do Meio Ambiente – Lista das espécies da fauna brasileira ameaçada de extinção, e a Resolução N.002 de 6 de dezembro de 2011 do Conselho Estadual do Meio Ambiente de Santa Catarina – Lista de espécies da fauna ameaçada de extinção no estado de Santa Catarina. Há muitas espécies que contém a indicação “não categorizada”, estas deverão ser analisadas a partir da coleção dos registros visando um enquadramento posterior.
As ilustrações das espécies citadas no Aves de Santa Catarina estão sendo gradativamente ilustradas, a partir de técnicas de pintura em guache e aquarela sobre papel pelo artista Eduardo Parentoni Brettas.